Em Trânsito

EM TRÂNSITO

ANTÓNIO CABRITA (1959), poeta e ficcionista, tem uma extensa obra publicada em Portugal, Brasil e Moçambique. Foi jornalista e editor. Vive em Maputo, onde lecciona Dramaturgia. Escreveu inúmeros filmes, incluindo Inferno (2002), um guião sobre Camilo Castelo Branco, em parceria com Maria Velho da Costa. Na ficção, destacam-se o romance, A Maldição de Ondina (2013), finalista do Prémio Literário Casino da Póvoa 2013 (short list) e Éter (2015) finalista (short list) do Prémio PEN Clube 2016; A Paixão segundo João de Deus (2019), um dos melhores livros desse ano segundo o Público, e Fotografar contra o vento (2020). No teatro, saliente-se as duas peças que escreveu para Maria João Luís, A Última Refeição (2022), e Os Caranguejos de Istambul, ambas pelo Teatro da Terra.

CARLOS ALBERTO OSÓRIO (1963), nasceu em Angola e vive em Portimão. Formou-se na Universidade de Coimbra em Línguas e Literaturas Modernas. Obteve pós-graduação na área de Multimédia nas universidades de Aveiro e do Algarve. Atualmente é docente do ensino básico. Publicou os livros: Francisco Oliveira: um Fotógrafo de Portimão (Arandis, 2016), Fonseca Dias (1874-1959), um Fotógrafo de Vila Nova de Portimão (Arandis, 2016) e Um Algarve com Sentidos: Fotobiografia e inéditos de Júlio Bernardo (Platibanda, 2018).

CARMEN YAÑEZ HIDALGO nasceu em Santiago do Chile, em 1952. Publicou vários livros de poesia, entre eles, Paisaje de Luna Fría (1998), Habitata dalla memoria (2001) e Tierra de Manzanas (2006), Alas del viento (2006), Elogio del Horizonte, La semilla del agua (2008), Latitud de sueños (2009). Participou em vários festivais internacionais de poesia e foi galardoada com o Prémio de Poesia Nicolás Guillén (Piacenza, Itália, 2002). Em 2024, publicou Um Amor Fora do Tempo (Exclamação), um livro livro autobiográfico onde conta na primeira pessoa a sua vida com o escritor Luis Sepúlveda. Viveu na Suécia, Estocolmo e Gotemburgo (1981-1997) e vive em Gijón, Espanha, desde 1997.

DINIS H. MACHADO nasceu em Lisboa em 1974. É licenciado em Direito. Começou a escrever poesia aos 12 anos e fê-lo ao longo de toda a sua adolescência. Em 2003, foi-lhe atribuído o Prémio Revelação Cesário Verde pela obra «Dionísias: As Celebrações», escrita quando tinha apenas 19 anos. É autor entre outros livros de «Heathcliff», «Nighthawks e outras observações», «Rach 3», «Eliot» e Lady Mabeth», e é responsável pela editora The Poets and Dragons Society.

ELSA MARTINS nasceu em Lubango (Angola), em 1961, e vive em Portimão. Licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Fotografa desde de 2010, tendo efetuado em 2013, uma exposição no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, com o tema “Entre o Rio e o Mar”. Em 2019, uma das suas fotos foi escolhida para o livro World Street Photography, Guberg Nerger Gmbh. Ainda em 2019 participou no livro coletivo A Arte de Fotografar Preto & Branco (GodPublishing). Integra a Direção da revista Photographers Magazine.

FAUSTA CARDOSO PEREIRA é autora da obra Dormir com Lisboa, premiada na Galiza com o Prémio Antón Risco em 2017. Para além de O Homem do Puzzle, é ainda autora de um livro de viagens Bom Caminho. É exploradora da National Geographic Society, e gestora de projectos de impacto social desde o ano 2000. Com trabalho internacional, em campos de refugiados e em países africanos de expressão portuguesa, desenvolveu projectos que combinam o storytelling com linguagens artísticas, como forma de melhorar processos de ensino, promover a participação das comunidades e o diálogo intercultural. Tem projectos premiados em Portugal, Espanha, Chile e Itália. É presidente da Hirundo, Associação para o Pensamento Crítico, Cultura e Desenvolvimento.

FLORINDO MUDENDER, médico e biólogo moçambicano estudou em Cuba, onde permaneceu doze anos, antes de rumar a Espanha, tendo vivido aí mais seis anos. Daí que escreva em espanhol e que seja membro do Sindicato Nacional de Escritores Espanhóis (SNEE). Tem dois livros publicados, Minuciosas observaciones alredor de un cuarto caliente y húmedo (2005), e Oscilaciones, 2009. Neste momento prepara a edição de todos os seus poemas, traduzidos por Antonio Cabrita.

JOÃO B. VENTURA, nasceu em Portimão, em 1956, é licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e pós-graduado em Ciências Documentais pela Universidade de Lisboa; mestre em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação pelo UL-ISCTE e em Gestão de Instituições e Empresas Culturais pela Universidade de Barcelona. Foi leitor de Língua e Cultura Portuguesas, na Universidade Sorbonne (Paris III), e docente de Gestão e Intervenção Cultural, na Universidade do Algarve. É sócio fundador do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, do qual foi presidente, e membro da Associação Portuguesa dos Críticos Literários. Bibliotecário de paixão, director de revistas como a Atlântica, autor dos blogues O leitor sem qualidades e Fora daqui, onde se revela um intimorato leitor, publicou os livros Bibliotecas e Esfera Pública (Celta) e Um Lápis no Punho. Fragmentos de ficção crítica (The Poets and Dragons Society, 2024).

JOÃO PORFÍRIO é natural de Portimão, e foi para a capital estudar jornalismo. Com 28 anos é editor de fotografia e fotojornalista no Observador, tendo já passado pela Agência Lusa, pelo Semanário SOLe o Jornal i. Enviado especial do Observador às eleições presidenciais dos Estados Unidos da América e Brasil, à guerra da Ucrânia e do Iraque. Em Portugal, cobre diariamente assuntos relacionados com política, sociedade e cultura. Venceu o Prémio Estação Imagem em 2019 e 2021 na categoria de Notícias. Em 2022, ganhou o prémio Gabo – um dos mais importantes prémios de jornalismo do mundo – e em 2023 o prémio Gazeta.

LUÍS FILIPE SARMENTO nasceu em 1956, em Lisboa. Estudou Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Jornalista, escritor, tradutor e realizador de televisão. A sua obra encontra-se traduzida em mais de 17 idiomas. Foi Coordenador Internacional da Organization Mondial de Poètes (1994-1995), membro do International Committee of World Congress of Poets, Presidente da Associação Ibero-Americana de Escritores (1999-2000). Foi galardoado com vários prémios internacionais, entre os quais o Prémio Internacional Balsa de Piedra e os Prémios Internacionais Aguila de Oro e Cesar Vallejo pelo conjunto da sua obra literária “Ao Rubro”. Em 2021, foi galardoado com o Prémio Ulysses 2021 pela sua obra “Beat”. Os seus livros mais recentes são “Commedia” (2023) e “Ácido” (2024).

LUÍS SERPA nasceu em Lisboa em 1957. Em 1966 foi para Moçambique e viveu em Quelimane – onde aprendeu a fazer vela – e em Lourenço Marques, cuja baía cruzou em todos os sentidos no seu Vaurien, o ADN. Em 1974 voltou – contrariado – para Lisboa e entrou na Escola Náutica Infante D. Henrique. Entre e 1978, n nas marinhas as mercantes portuguesa, venezuelana e na pesca na África do Sul. Em 1978, matriculou-se na Escola Superior de Cinema, ao Bairro Alto. Em1979 rumou à Suíça, onde, paradoxalmente, voltou a navegar. Salvo duas ou três interrupções – Aveiro, Burundi e o então Zaire permaneceu na Suíça até 2002, ano em que voltou a Portugal. Em 2010, regressou ao mar e aí vive desde então. Divide-se entre Lisboa, Palma de Maiorca e Genebra, aonde tem dois netos. Tem três livros publicados e gostaria muito de ter um programa na rádio. Mantém desde 2003 o blogue Don Vivo.

MAKELY KA é compositor, documentarista e escritor brasileiro. Lançou seis álbuns musicais, dois livros de poemas, editou uma revista literária, dirigiu um documentário e assinou trilhas para teatro, dança e cinema que receberam prémios e indicações. As suas músicas podem ser ouvidas nas vozes de Lô Borges, Samuel Rosa, Moska, Tetê Espíndola e Ná Ozzetti, entre dezenas de outros artistas. Já tocou em alguns dos principais palcos do Brasil e apresentou-se em países como Grécia, Turquia, Lituânia, Dinamarca, Portugal, Espanha e México. Encontra-se a escrever o livro Manual do Pequeno Produtor de Música Orgânica, onde fala de sua trajetória artística e analisa as perspectivas para o mercado fonográfico com o advento da IA e das plataformas transacionais de música.

MARIA DA GRAÇA MATEUS VENTURA,Ph.D. em Letras pela Universidade de Lisboa (2003), é Presidente da Direcção do Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, investigadora principal do Centro de História da Universidade de Lisboa e membro da Academia Portuguesa da História. Embora o seu domínio de investigação seja a Ibero-América, tem publicado vários estudos sobre Manuel Teixeira Gomes (Argélia, Portugal e Reino Unido) com destaque para a obra “Manuel Teixeira Gomes: Ofício de viver” (Tinta da China, 2010). É diretora da Meridional, Revista de Estudos do Mediterrâneo(ICIA, desde 2021). O seu livro mais recente Por este mar adentro: êxitos e fracassos de mareantes e emigrantes de algarvios na América Hispânica (Edições Tinta da China, 2021) venceu o prémio História da Presença de Portugal no mundo atribuído pela Academia Portuguesa da História e pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2022.

MARIA JOÃO CANTINHO nasceu em Lisboa, em 1963. Estudou Filosofia na Universidade Nova de Lisboa, onde defendeu dissertação de doutoramento. É professora do ensino secundário. Membro integrado do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa e do Collège d’Études Juives (Université Sorbonne IV), organizou vários congressos na área de Filosofia, e co-editou livros sobre Paul Celan, Levinas, Walter Benjamin, entre outros. Colabora em revistas de literatura. Foi nomeada como finalista do Prémio Telecom, em 2006, com o livro Caligrafia da Solidão, e nomeada como uma das ensaístas do ano com a sua obra OAnjo Melancólico; foi atribuído o Prémio Glória de Sant’anna, em 2017, pela obra Do Ínfimo e galardoada com o Prémio PEN- ensaio, em 2020, pelo livro Walter Benjamin: Melancolia e Revolução. Publicou recentemente Cosmopolitismo e rêverie(The Poets and Dragons Society, 2023) e Tem de ser navegando a longa noite, poesia (Exclamação, 2023). É Directora da revista Caliban. É membro do PEN Clube Português e membro da APCL.

MÉLIO TINGA nasceu em Maputo. É escritor de ficção e designer de comunicação. Autor de sete livros, entre os quais Marizza, sua estreia no romance, obra vencedora do Prémio Literário Imprensa-Nacional Casa da Moeda/ Eugénio Lisboa 2020. Para além de Moçambique, seus livros estão também publicados em Portugal e no Brasil. Foi vencedor da Residência Literária em Lisboa 2023, do BLOG4DEV 2021 e finalista do Prémio Literário 10 de Novembro 2019. É co-fundador da Catalogus e da DESIGN Talk. Licenciou-se em Educação Visual e possui uma pós-graduação em Branding.

PAULO JOSÉ MIRANDA A Voz que nos Trai, seu primeiro livro de poesias, publicado em 1997, foi vencedor do prémio Teixeira de Pascoaes. Iniciou então o seu “tríptico da criação”, uma série de romances sobre autores portugueses do século XIX. Venceu a primeira edição do Prémio Literário José Saramago, em 1999, com Natureza Morta, segunda parte da trilogia. Em maio de 2015 foi agraciado com o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores e a Rede Portuguesa de Televisão – Prêmio SPA/RTP 2015 para o melhor livro de Poesias, com a obra Exercícios de Humano, publicado pela editora Abysmo. Recentemente, editou uma biografia de Manoel de Oliveira, e o romance Aaron Klein. Desde 2022, é sócio correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa.

PEDRO TEIXEIRA NEVES nasceu em 1969, em Lisboa. Formado em Relações Internacionais. Jornalista (desde 1994), fotógrafo, ilustrador, pintor nas horas vagas. Trabalhou em diversos jornais e revistas, bem como no programa «Câmara Clara», da RTP2. Publicou quatro romances, diversos livros de poesia, contos e literatura infanto-juvenil. Ganhou, em 2019, o 1º Prémio do ICA para adaptação a curta-metragem do conto «Moulla» (Real. de Rui Cardoso). Publicou o livro de fotografia Há Fadistas!, chancela Museu do Fado. Publicou na Paperviewbooks dois livros, um de colagens, outro de criação gráfica. Os seus livros mais recentes (2024) são 365 Histórias Fulminantes (Húmus) e Museológica (The Poets and Dragons Society).